De esmeraldino para esmeraldino: uma crônica de Téo José para Ari Júnior

29/11/2016

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Meu amigo/irmão Ari Júnior, o “Paca”, agora vai ficar olhando por sua lente lá de cima. Meu telefone não vai mais tocar durante as derrotas do Goiás, dizendo; “Teozito, vai cair hein…” 

Começamos juntos na TV, eu como repórter e ele como assistente de cinegrafista, na TV Serra Dourada. Crescemos profissionalmente juntos, bebemos muitas vezes juntos, torcemos juntos e agora ele me deixa sozinho. 

Ari tinha uma grande paixão, como eu, talvez até maior. Nunca fui preso na delegacia do Serra por causa do Goiás, ele já. Nunca joguei tênis em jogador, apesar de já ter tido muita vontade, ele já. E é esta estorinha que vou contar, para mostrar o quão verde era o “Paca”.

Em uma edição da Série B – sou péssimo para datas – o Goiás jogava no Serra Dourada com a Portuguesa. Tomou uma goleada de quatro. Era um sábado, jogo transmitido pela TV. Ari estava na sua Trindade de licença médica, braço na tipóia. Foi para o Serra e, como todos, ficou frustrado e irritado. Pegou o tênis e jogou na saída dos atletas verdes. Uma amiga dele, repórter, estava no gramado, viu e jogou de volta, e ele mandou mais uma vez para baixo. Nesta hora, a câmera do jogo, ainda no ar, buscou a cena. Marcos Mora, diretor da Globo em São Paulo, teve a bela visão de seu funcionário global, de licença. jogando um tênis no gramado. Entrou na linha e já esculhambou o Ari, mesmo ele não estando trabalhando e, por isso, não ouvindo. O colega Pincel, trabalhando no Serra, ouviu tudo. Pegou o telefone e ligou para o Ari: “Malandro, sua casa caiu. Desliga os telefones que o Maquinhos vai vir babando”.

Ari, esperto, desligou celular, Nextel, e só religou na terça. Primeira chamada, a bina já acusou: Marcos Mora. Começou macio, preocupado. “Como está sua recuperação? Tá bem? Família, casa…? E o que foi aquilo sábado no jogo? Funcionário da Globo, jogando tênis no gramado? Virou maloqueiro? Não quero uma cena destas nunca mais”, disse o diretor.   

 Do outro lado, só ouvia: “Tá certo, tá certo, foi mal”.

Essa paixão do Ari vai fazer falta pro nosso Verdão.  A TV perdeu seu melhor olhar e, como diria Nelson Gonçalves, “  saudade dele já está doendo em mim”. 

Vai com Deus irmão, olha pela gente.

Outro dia conto da cadeia.

Téo José é jornalista esportivo, torcedor do Goiás e eterno amigo de Ari Júnior  

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