Estou perplexo com informação recebida e confirmada pela diretoria da Caixa que estamos “fora” do rol de times a serem patrocinados pela mesma em 2015!
Muito claro e certo na minha memória quando, há cerca de dois anos, na gestão do Dr. João Bosco, lá fomos pedir este patrocínio e tivemos como resposta: “o Goiás Esporte Clube há três anos consta em nossa lista de intenções e, até o momento, só dela não faz parte porque não é detentora das certidões negativas de débito; traga-as que vocês farão parte dessa lista”!!
No início de nossa gestão, há cerca de 14 meses, arregaçamos as mangas de nossas camisas e começamos a trabalhar neste sentido, cortando da própria carne. Obviamente que não por determinação da Caixa, mas por filosofia de trabalho, tendo, contudo, como premiação aos nossos esforços, o dito patrocínio. Tivemos redução brutal das quotas de TV por antecipações praticadas anteriormente, ficamos sem patrocinador máster em nossa camisa desde maio de 2014 e, ainda, não tivemos a presença de maioria de nossos torcedores em nossos jogos! Ainda neste cenário adverso, instituímos medidas, tais quais, limitação salarial, recolhimento rigoroso de impostos , assim como quitação de dívidas trabalhistas e extrema contenção de gastos, com proibição de contratações de novos funcionários e demissão daqueles considerados supérfluos à instituição. Sob extrema dificuldade cumprimos nossas obrigações salariais em dia, assim como premiações por desempenho. Tivemos a competência de jogadores da base, que subiram ao time principal e, graças a esses heróis gladiadores esmeraldinos, fizemos boa campanha no campeonato nacional, em nenhum momento sob risco de rebaixamento, além da conquista do campeonato goiano de 2015 e a “quase” conquista de bicampeonato em 2014, em condições de exceção, não consolidadas.
Em 2015 muito alarde se fez à medida provisória adotada pelo governo no sentido de moralização fiscal e trabalhista. Batizada como “Proforte”, veio ganhando corpo e discussão ao longo dos meses, com diversas polêmicas e modificações. O Goiás Esporte Clube tem ficado alheio a essa situação, porque não precisa se adequar aos termos da medida! Conseguimos por esforços próprios, cumprirmos além dos quesitos requeridos!
Este é o grande paradoxo da questão!! Como o governo apregoa o rigor fiscal e trabalhista e marginaliza clubes que rezam sistematicamente desta cartilha?? Vejam a performance do Goiás Esporte Clube, financeiramente, em 2014. Fomos o time com melhor desempenho em termos de balança econômica, com redução de débito em 22% (cerca de 15 milhões de reais), em que pese toda a dificuldade de receita mencionada!! Ao passo que todos os demais times da série A (com exceção do Flamengo) aumentaram seus déficits financeiros.
Que país é esse, que vive do corporativismo e apadrinhamento de seus comparsas, praticando o clientelismo dos comissionamentos e superfaturamentos??
Que país é esse que não reconhece o mérito e o trabalho honesto!!
Que não premia o bom aluno ou o bom desempenho?? Que prefere virar as costas aos que prometeu ajudar se assim merecesse!!
Torcedor esmeraldino, não precisamos desta humilhação!! Vamos estampar em nossa camisa aquilo que orgulhamos em expor! NOSSO PRÓPRIO NOME!!
Venha e assine-a comigo! Vamos mostrar a todos que somos maiores que nossas adversidades! Que esta injustiça nos faça crescer ainda mais, às nossas próprias custas e méritos!
Sérgio Rassi
Presidente Executivo do Goiás Esporte Clube