O Brasil é o 5º país no ranking mundial de violência doméstica e Goiás é o segundo Estado brasileiro que mais teve homicídios de mulheres em 2014. De acordo com a pesquisa feita pelo Senado Federal, através do Observatório da Violência Contra a Mulher, Goiás registrou 8,4 homicídios para cada 100 mil mulheres.
Segundo o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, até outubro de 2018, o Poder Judiciário Goiano possuía mais de 62 mil processos ligados à Lei Maria da Penha. Só na capital, tramitam quase 13 mil processos de violência contra a mulher.
O Goiás Esporte Clube, em parceria com o Grupo Mulheres do Brasil, liderado pela CEO do Magazine Luiza, empresária Maria Luiza Trajano, promoveu na partida entre Goiás x Aparecidense, válida pela decisão das quartas de final do Campeonato Goiano de 2019, uma ação de conscientização sobre o feminicídio, que, somente em 2018 vitimou 33 mulheres em Goiás.
A ação foi promovida momentos antes do protocolo de início da partida: trinta e três mulheres entraram no gramado do Estádio Hailé Pinheiro, com cruzes em mãos, representando cada uma das 33 vítimas de feminicídio no Estado em 2018. As cruzes foram posicionadas no centro do campo durante a execução do hino nacional brasileiro e, simultaneamente, um vídeo com os nomes das vítimas foi veiculado no telão do Estádio.
“85% do público em estádio é masculino e com essa campanha buscamos conscientizar os homens que o feminicídio, ou seja, a morte da mulher pela sua condição de gênero, por ciúmes ou inconformismo com o término de relacionamento, por exemplo, é crime hediondo. O Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Goiânia quis chamar atenção para a necessidade de se falar sobre o combate à Violência Contra Mulher”, revelou a coordenadora do Comitê de Combate à Violência Contra Mulher do Núcleo Goiânia e co-fundadora do Grupo Mulheres do Brasil, Maria Luiza Cavalcante Lima.
Com ações desta natureza, o Goiás busca sempre impactar a sociedade de maneira geral para assuntos de relevância.