O Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado em todo o mundo no dia 21 de março, chama a atenção da sociedade para a luta por igualdade, bem-estar e inclusão das pessoas que nasceram com a síndrome.
A data 21/03, que na grafia americana fica invertida 3/21, faz referência aos três cromossomos número 21 que caracterizam essa ocorrência genética. Segundo o IBGE, estima-se que 300 mil pessoas tenham Síndrome de Down no Brasil. Não existem graus da condição; o desenvolvimento dos indivíduos com a condição genética está relacionado ao estímulo que recebem.
É importante lembrar que a Síndrome de Down NÃO é uma doença. Trata-se de uma ocorrência genética que acontece por motivos desconhecidos, durante a gestação, no momento da divisão das células do embrião. É uma alteração cromossômica, e as crianças nascem dotadas de três cromossomos – trissomia – 21, e não dois, como o habitual.
A Associação Down de Goiás – ASDOWN-GO – entidade sem fins lucrativos criada em 1993, hoje conta com mais de 400 famílias cadastradas, mas ainda esbarra em dificuldades. “Hoje não temos um número exato de pessoas que tenham a Síndrome de Down no Estado, o que dificulta bastante na hora de planejar os próximos passos e de tentar ajudar e informar as famílias” – diz a Assistente social da entidade, Vagna Antunes da Silva.
O movimento de criação da entidade foi desencadeado a partir das discussões e reflexões de um grupo de pais de pessoas com Síndrome de Down, por acreditar que somente através da organização, das ações coletivas por ela propostas, poderão propor políticas públicas que promovam a inclusão social e a cidadania plena e ativa das pessoas com a Síndrome.
O Goiás Esporte Clube, cada vez mais ciente de seu papel social por ser uma instituição com milhares de torcedores, promoveu, na última quarta-feira (20/03), em parceria com o projeto ALFADOWN e com a PUC-GO, uma ação de integração dos educandos do projeto com o ambiente futebolístico. Seis pessoas com Síndrome de Down foram gândulas na partida entre Goiás x Iporá, utilizaram camisetas comemorativas. Os atletas esmeraldinos também entraram em campo vestindo camiseta alusiva à campanha “Ser humano é ser ilimitado”.
A coordenadora do projeto, Luciana Novais, professora do curso de Psicologia na PUC-GO, esclarece: o projeto ALFADOWN, que integra o Programa de Referência em Inclusão Social, surgiu em 2003 e tem como principais objetivos, o auxílio, alfabetização e desenvolvimento de habilidades sociais em pessoas com Síndrome de Down. O atendimento é gratuito a partir de 7 anos e não tem limite de idade. Atualmente, o programa atende pessoas com até 43 anos.
As pessoas com Síndrome de Down podem estar onde quiserem, num estádio, por exemplo, participando de atividades e podem desenvolvê-las normalmente como qualquer pessoa – finalizou a professora Luciana Novais.
Voluntários podem candidatar-se na Coordenação de Extensão da Universidade, sendo alunos ou não, e recebem certificados de 60 horas, trabalham lado a lado com a coordenadora do projeto e com a pedagoga responsável, Renata Barreto.